quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

A historia de Joao & Maria parte 10

então saiu de fininho do prédio e depois de uma rua para outra sem rumo querendo ficar o mais longe possível daquele edifico, mesmo sentindo muita dor  conseguiu se afastar por medo  que ele a procurasse de carro.Encostou-se no canto da calçada assustada e mesmo com tanta coisa ruim acontecendo imaginou seu bebê fofinho dando risada e  a cada cor de macacão que imaginava, era  parte da musica:
 vou pintar um arco iris de energia, pra deixar o mundo cheio de alegria, se esta feio e dividido, vai ficar tao colorido, o que vale nesta vida é ser feliz...
No amarelo um sorriso
Pra iluminar feito o sol tem o seu lugar
Brilha dentro da gente
Violeta mais uma cor que já vai chegar
O vermelho pra completar meu arco-íris no ar
Toda cor têm em si
Uma luz uma certa magia
Toda cor têm em si
Emoções em forma de poesia
Toda cor têm em si
Uma luz uma certa ma
Toda cor têm em si
Emoções
               em forma de poesia...
e a cada cor da musica uma troca na cor do macacão. 














Era só imaginação, ela não tinha um par de meias se quer para um bebê que seria abandonado assim que nascesse.Preocupada com a saúde do filho por não ter tomado as vacinas e feito o pré natal que é obrigatório.
Deixou cair suas lagrimas mais uma vez.
No mesmo instante passou por ali uma gentil senhora que parou perguntando se precisava de ajuda.
_Sim senhora, estou com muita dor, por favor me ajude, tenho dores nas costas e no pé da barriga.
_sim, sim eu entendi, vou leva- la ao hospital aqui perto, eu estava indo pra la você acha que consegue andar
_Sim, eu acho que sim._ Ai !ai! ai!Então a senhora gritou por socorro um homem que passava e  um segurou lhe pelo braço direito o outro pelo esquerdo e assim  chegaram ate o carro.Foi o mais rápido possível, apesar de estar perto, de carro ate la teria que desviar e passar  pela outra, enfim, chegando ao hospital ela custou sair do carro e a enfermeira foi logo reconhecida por outra que trouxe imediatamente a cadeira de rodas e a amparou como se deve.
_tudo bem dona Lurdes?
_sim, comigo sim, mas por favor, me ajude com essa moça.Que logo foi examinada pelo médico de plantão que nao exultou em chamar atenção da gravida por  não ter um cartão do pré natal e nenhum documento para fazer a internação, mas como dona Lurdes é funcionaria antiga do hospital conseguiu.Tudo indicava que seria um parto prematuro, o bebê corria risco de vida devido ao descolamento da placenta que foi diagnosticada no utra som. Tiveram que realizar uma cesariana o mais rápido possível pela dificuldade  de ambos para respirar.
Maria da Graça suava frio gemendo aguentando firme  cada contração como se fosse um parto normal e graças a Deus, nasceu um lindo menino de pouco mais de um quilo.
A mamãe quis saber como estava o filho._cade o meu filho?
_calma mãezinha, o bebê esta bem e precisa ir para a encubadora, mas é um menino forte, vai sobreviver, acredite, você precisa ver a força que ele segurou a minha mão.Disse o pediatra.E mostraram- lhe a carinha do garotão para a nova mamãe que chorou ao -lo em seguida o levaram para cortar o cordão e fazer os procedimentos  para  a encubadora.O pequeno de tão frágil chorava baixo que mais parecia um miadinho.Maria da Graça sorriu orgulhosa ao saber que era uma criança normal.
Ela não se alimentou adequadamente na gestação, não tomou sol, não fez uso de vitaminas e a falta do pré natal contribuiu no adiantamento do parto e problema respiratório do bebê.
Ela  perdeu muito sangue e precisava de doação de sangue do tipo O negativo, raro, e mais uma vez  foi salva pelo anjo de mulher que Deus colocou em seu caminho na hora certa, pois ela tinha esse tipo  sanguino e sem pestanejar doou dizendo:
_desculpe doutor, mas se eu puder ajudar.
_ não podemos perder essa vida! E tudo deu certo...
O plantão de nona Lurdes  já estava no fim e teria que ir, mas antes pediu alguns dados para preencherem a ficha faltosa, aproveitou tambem para perguntar onde foi que conseguiu a ferida atras da orelha.Ela passou a mão no local e nao soube responder nada nem mesmo seu próprio nome.Forçou um pouco e disse:
_Maria...Maria, eu sou Maria. 
_mas Maria de quê minha filha?
_não me lembro.E fez uma carinha triste a pobrezinha que foi para o leito onde foi muito bem tratada apesar de ser um Sistema Único de Saúde.Precisou tomar algumas vacinas, trocaram-lhe o soro e faminta perguntou que hora seria servido o jantar, duas enfermeiras se olharam e sorriram.
A mae nao pode ficar direto com o bebê, mas atualmente utilizam um método  de Unidade de Tratamento Intensivo neonatal, a técnica de mãe canguru, que acomoda o bebê verticalmente com a mae, contato de pele a pele apresentando uma serie de benefícios físicos, psicológicos e emocionais.
Tudo ocorreu bem durante a noite e Maria já pôde caminhar um pouco e ficar com seu filho no espaço Canguru.Mas ao ganhar alta ela nao tinha pra onde ir, dona Lurdes percebeu assim que pediu um endereço para avisar alguém, ela entrou em desespero dizendo que nao tinha casa nem família.Recebeu um abraço caloroso e uma promessa de ajuda-la trouxe o conforto que precisava ouvir para acalmar seu coração ate então, desprotegido...






                                                                                                                         (imagens do Google)






         

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