Muita gente reza por minha mãe, mas não tem ideia
de quem é a Aldinha. Então, contarei a história dessa guerreira que não merece
ser machucada. Ela nasceu em Santa Rosa (RS) e é filha única de d. Olivia, uma
alemã que veio de Munique com duas irmãs – além de dois irmãos que, resfriados,
foram atirados na água para não contaminar ninguém no navio –, e Agenor, que
morreu quando minha mãe tinha 3 anos. Vó Olivia, então, deixou Aldinha sozinha
em casa por muitos dias com um copo de leite e pedaços de pão. Minha mãe
chorava muito. Diante disso, uns ciganos a pegaram para criar.
Ela aprendeu a ler a mão, cantar e fazer artes
manuais. Minha vó, então, a matriculou em um colégio para virar freira. Em um
final de semana na casa da “vó ela” (tiaavó) conheceu meu pai, Luís. Dizem, da
parte dele, foi amor à primeira vista. Ele tinha 21 anos e queria se casar com
ela, de 15. Falou que se Aldinha virasse freira, se tornaria padre (mentira,
mas bonitinho). Eles se casaram e, quando minha mãe tinha 16 anos, nasceu minha
irmã Sola.
Meu pai, militar, foi viver no Rio de Janeiro por
um ano. Aldinha cuidou do bebê com ajuda dos meus avós paternos Eduardo e
Carolina. A vó Olivia sempre foi distante e a apresentava aos outros como
sobrinha, não como filha. Quando meu pai voltou, minha mãe engravidou de novo.
Aos 26, já tinha Sola, Mara, Cira, Blad e eu. Depois, engravidou de gêmeos, mas
os bebês não vingaram.
Em 1970, fomos morar no Rio. Como meu pai batia
muito em meus irmãos, Aldinha se revoltou e disse que, se ele levantasse a mão
para nós, perderia mulher e filhos. Certa vez, meu pai teve câncer. Nesse
período, minha mãe descobriu que era traída com várias mulheres e sofreu: ela
perdeu cabelo, pensou em suicídio e, anos depois, foi diagnosticada com
Parkinson. Na época, já vivia com outra pessoa, mas ele a deixou por causa da
doença. Isso piorou os sintomas. Hoje, ela não fala, não anda e se alimenta por
sonda. Porém, sua cabeça funciona cem por cento. Alguém me explica como uma
pessoa que viveu só para os filhos pode sofrer tanto? E por quê? Minha mãe é
guerreira e, se pudesse, agradeceria cada oração e palavra carinhosa de vocês
para ela.
Xuxa Meneghel
Xuxa eu sempre te admirei muito, mas confesso que quando vejo filhos que amam verdadeiramente suas mães me comovem, choro, admiro muito.Porque mãe é a pessoa mais importante do mundo e que tem deve amá-la eternamente.Namorados acham que amam eternamente, é mentira, esses amores vão e vem e amor igual ao de mãe nao tem.Você é muito abençoada por isso e Deus sabe como fico grata por ver uma pessoa assim com a mãe.Eu era assim com a minha.E aos 56 anos foi levada por Deus, mas estou aqui para orar pelas mães dos outros e ajudar os filhos a valorizarem suas mães através de um vídeo texto no youtube chamado da Mayala Morenna Melancolia.
ResponderExcluirParabens Xuxa cada dia te amo mais e com a sua mae nao é diferente, AMO TAMBEM...