quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Um ato de amor



Positivo!

Este foi o resultado, a mãe não sabia se sorria ou se chorava, pois havia outros pequenos em casa e a situação financeira não era das melhores...
Alias, esta gravidez foi uma surpresa, talvez para selar a união do casal que esteve prestes a se separar por tão pouco...
Tudo corria muito bem, gestação normal, parto tipo cesariano.
E finalmente ao meio dia nasceu Anna. Mais parecia uma boneca com seu jeito manhoso de espreguiçar, sua boca minúscula e ao primeiro bocejo tinha um formato de letra O.
Os olhos, não se viam a cor, de preguiça só queriam manter-se fechados.
E lá estava ela sobre a cama, como um enfeite vivo enviado por Deus.
Mas havia algo de errado, ou de certo, a pequena Anna tinha traços de ser uma menina especial.
Os vizinhos aos cochichos curiosos para saber se ela tinha ou não Síndrome de down.
A mãe não deu ouvidos, talvez nem ela tivesse certeza, ou fingia que não via.
 Na verdade esta era uma questão minorativa perto do imenso amor que a mãe e a família sentiam por ela.
Daí vinha a perguntas alheias:
Será que ela não poderia interromper a gravidez para evitar constrangimentos?
Será que ela pretende esconder dos vizinhos, mas isso é inevitável!
Perguntas e mais perguntas.
Eles não sabem que o que a mãe de Anna mais queria era dar vida aquela criança e encher de luz a casa que só completou com a chegada dela.
 Não, jamais uma mãe, uma boa mãe interromperia o nascimento de uma criança simplesmente por ser diferente.
Anna é igual a tantos bebês que só queriam nascer, e nem todos tiveram a mesma sorte, de sobreviver aos abortos e sacos plásticos e morreram sufocados, tiveram o direito de nascer...
Anna não é diferente, nem as outras pessoas, na verdade ninguém é igual, nem mesmo gêmeos idênticos.
Não importa...
Do lado de fora a aparência é só uma casca, o que faz mesmo a diferença é o conteúdo, caráter.
Os que julgam aparência são monstros maquiados ou disfarçados. Se não consegue enxergar o interior das pessoas.
Se não pode amar as pessoas por dentro, não deveria merecer a própria vida.
O preconceito é uma deficiência muito grave, é curável, o remédio esta dentro dele mesmo.
È como uma picada de cobra mata, a cura vêm do próprio veneno...
O preconceito é uma deficiência muito grave.
Curável.
A cura está dentro de si mesmo.
                   


Mayala Morenna
(imagem do google)





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