“Se eu pudesse escolher que bicho
eu gostaria de ser, um passarinho eu queria ser”.
Que livre voa, no alto das árvores
e me esconder nas sombras das folhas e poderia ser um galho fininho... Fininho
quanto a minha perninha de passarinho, que legal!
Eu queria ver os rios cheios ou
não e voaria até encontrar um rio limpo para matar minha sede e se tivesse
poluído eu, mesmo sendo passarinho, teria que aprender a rezar para não morrer
envenenado com a água suja pelos humanos...
E voando mais alto ainda poderia
ver todo o verde das matas, que lindo!
Mesmo se eu avistasse uma falha
no meio dela que é feita pelo homem e chamada de desmatamentos.
Os bichos não sabem e isto
assustaria os pobres bichinhos como eu. Mesmo assim um passarinho eu ainda
queria ser, ah! Como eu queria sim ser um deles apesar de terem vida curta e
predadores sempre alerta.
Quando eu escapasse das garras do gavião ou de alçapões, meu
coraçãozinho pequeno suspiraria aliviado.
Coitadinho de mim e dos outros passarinhos. Mesmo
engaiolado, atrás de finas grades e difícil de ser quebrada, tão frágil eu não
teria forças para fugir.
Para os felinos ferozes
eles chamam as gaiolas gigantes de jaulas. Para os condenados que fazem coisa
errada, cadeias.
Tudo é grade se impede de ser livres ou de voar...
Mas os bichos nada fazem para merecer ficar presos, não é
justo.
Mesmo assim um passarinho eu ainda queria ser, engaiolado,
cantaria um canto triste alegrando quem ouvisse.
E nem com canto mais alto que eu conseguisse o eco não conseguiria
abriria a portinha.
Ainda assim eu cantaria, cantaria e cantaria...
Um canto triste como o canto de todos os pássaros
engaiolados.
Cantaria até a morte, como é o fim de todos os passarinhos.
Ainda assim um passarinho eu queria ser.
Mayala Morenna
(imagem do google)
muito legal! parabéns :D
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