No primeiro dia de aula, a professora Xuxa fez a apresentação da turminha e
tudo ocorreu como o esperado. Muito legal todos se divertiram como todo inicio
de aula, era hora de falar serio com as regras de sempre, mas que são
ignoradas. Nada de conversa durante a aula, para isto temos à hora do recreio,
entenderam?
Sim
professora! Responderam todos juntos.
E
então continuando explicando tim tim por tim tim as regras, mentiras é o pior defeito
de uma pessoa, não importa a idade.
Evitem
ir ao banheiro atoa, a não ser que seja necessário, do contrario quando for
verdade e eu não acreditar em vocês seria melhor trazerem uma roupa extra.
Muitos não disfarçaram o riso.
_O
segredo para ser um bom aluno é prestar atenção e aprender, é só perguntar o
que não entendeu e eu explicarei novamente.
Durante
a conversa nem todos prestaram atenção e será um longo caminho até conhecer a
fundo cada aluno. Os antigos estão sempre aprendendo coisas novas que
interferem no aprendizado, já os novatos uma caixinha de surpresa.
Mas
no meio deles há um estranho ou que se acha diferente, não conversa com
ninguém, não se mistura já os outros gostam mesmo é de aparecer.
_tia a minha borracha
sumiu!
_mas Aninha, procure
direito, talvez esteja em sua mochila.
_eu não fui.
_nem eu.
_eu também não fui, por
que eu tenho duas olha aqui!
Mas tudo bem é melhor
deixar para lá, depois a gente acha e te devolve ok.
No dia seguinte...
_tia,
sumiu o meu lápis de escrever.
_eu
não fui.
_nem
eu.
_eu
também não fui.
A professora apanhou um
lápis de reserva que sempre trazia na bolsa e entregou ao coleguinha, ninguém
pode ficar sem escrever por falta de
lápis.
Atoa,
ninguém pode ficar...
Mas
virou rotina, todo dia desaparece alguma coisa, desde borracha ao lanche até
mesmo dinheiro da merenda.
A
professora ficou preocupada e comentou com a diretora dona Alda, que sugeriu
que fizessem uma revista em cada mochila, é errado fazer longe dos alunos para
que um não ficasse debochando o outro, chamando de ladrão ou de qualquer outro
apelido chato é melhor evitar.
Na
hora da educação física todos iam para a quadra se divertiam com uma boa
corrida em volta da quadra e depois de muitos exercícios...
Enquanto
isso na sala de aula para a surpresa da professora e diretora tudo que havia
desaparecido há dias estava na mochila de um menino,
mas deixam exatamente onde estava e preferiram observar por mais alguns dias
antes de chamar os pais dele.
Os
dias se passam...
O
menino que prefiro não citar o nome, novamente com a mania feia de pegar as
coisas dos outros.
Já
chamaram os pais em particular e até agora nada de mudanças.
Os
outros alunos já perceberam embora a professora tenha interferido dizendo que
talvez fosse outra pessoa. E sempre some isso ou aquilo e a mochila do menino
estava pesada de tanta coisa que não era dele.
Um
dia o menino olhou se tinha alguém olhando, como não havia ninguém entrou na
secretaria que estava vazia, por que todas as professoras estavam socorrendo um
aluno ferido que sangrava a testa ao cair da escada. O menino foi até lá e apanhou todo o dinheiro arrecadado durante a festa junina
colocando-o dentro da calça, deixando a camisa para fora para disfarçar. O
porteiro o viu ajeitando a roupa meio estranhoao sair. Depois de socorrerem o
menino, cada um para sua sala de aula, acabou o recreio, embora muitas crianças
ainda estivessem merendando.
O
sinal bateu, mas antes mesmo que os alunos se sentassem em seus lugares o sinal
bateu novamente e ninguém entendeu nada, mas a diretora queria todos reunidos
no pátio para ouvir que ela tinha para falar.
Não
era dia do hino da bandeira nem do hino nacional, pois todas as segundas feiras
é lei tocar o hino para que os alunos que ainda não sabem aprenderem, todo
cidadão brasileiro, tem o dever de saber o hino espontaneamente, mas às vezes
por obrigação.
Nem
era véspera de feriado e os alunos curiosos para saber.
Os
professores sabiam que o porteiro viu um aluno saindo da secretaria, e o menino
foi chamado e não foi revistado, a policia já estava a guardando a chegada de
seus pais que nunca freqüentava as reuniões, mas chegaram nervosos por saírem
do trabalho.
Mas
acharam melhor serem chamados para testemunhar o que ia acontecer talvez se
contassem eles não acreditariam no pessoal da escola.
E
os pais do menino foram pegos de surpresa, o dinheiro estava dentro da mochila
do menino que abaixou a cabeça, talvez envergonhado, mas não chorou como
qualquer outra criança faria ao ser mandado para o juizado de menores, pois a
quantia era muito grande era inevitável tal procedimento.
Ficou
onde ficam os menores infratores da sua idade, por alguns dias e recebeu
orientações, para ser corrigido enquanto há tempo, mas...
Na
verdade na escola anterior ele sempre fazia o mesmo, não tinha um bom histórico
escolar, e nunca pediram fichas de descendentes criminais para alunos, pois o
tal menino só tinha dez anos e já carregava a imagem de mania feia...
Foi orientado por uma
assistente social e perguntaram-lhe por que fazia isso
e
ele nada respondeu. Se o apertasse para que ele falasse alguma coisa ele
gritava derrubando as cadeiras e agredia qualquer um com socos e ponta pés
apesar da sua pequena estatura não era apenas uma criança, era uma semente a
caminho do mal.
Ficou
lá eternado por trinta dias, quando saiu tinha autorização para voltar
estudar, mas não quis ir para nenhuma escola.
Nunca
quis ser um bom aluno e um bom filho muito menos e amigos nem pensar...
Já
não era mais um menino comum que gostasse de brincar de jogar bola, ou xadrez,
pular corda
etc.
Apesar
da pouca idade, roubava em sua própria casa, em pequenos mercadinhos na
vizinhança, um chocolate aqui, um desodorante ali e muito mais...
Seus
pais que não os ajudaram no começo, agora já não conseguiam manter as rédias do menino.
Um
dia, quando sua mãe chegou do trabalho não podia sentar-se para descansar, pois
ele tinha vendido o sofá.
Não
podia cozinhar, pois ele vendera as panelas.
Não
podia dormir, pois ele vendera a cama com colchão e tudo.
A
mulher então chorava desesperada a espera do pai que por sinal hoje demorava a
chegar.E quando chegou, acompanhado por policiais que queriam fazer uma busca
na casa a procura de entorpecentes de qualquer procedência, mas lá não havia
nada para ser revistado.
O
tal menino foi reconhecido em um
roubo de banco com uma arma de grande porte na mão muito valiosa, estavam atrás
do pai para saberem de onde teria tirado dinheiro para comprá-la , mas nem
precisava falar, só em ver a casa vazia e a mãe aos prantos.
E agora por onde andará o
tal menino?
Pela vida, pelo mundo a
fora sem eira nem beira.
Mas
quem entra por este caminho só encontra duas alternativas:
Cadeia
e caixão, cadeia, ele já experimentou
e a cada vez que voltava da
cadeia era ainda pior, voltava mais agressivo de tanto apanhar dos outros
menores piores que ele que tinha por lá.
Mas
um dia...
Sua
mãe estava dentro do ônibus cochilando por não dormir de tanto esperar noticias
dele nas esquinas da vida
se despertou com um grito de assalto, era mais ou menos três ou quatro moleques
vestidos com grandes casacos pretos com capuz e fortemente armados.
Pediam
relógios, celulares, dinheiros, sacolas de compras se fossem coisas boas, se
fossem alimentos eles espalhavam tudo no chão, uma cena ilastimável e que não
tinha dinheiro, nem nada ganhava uma tapa grosseiramente.
A
mulher olhou assustada e reconheceu a voz do
filho apesar da estranha aparência, magro de dá pena, parecia não se alimentar
a meses que tinha saído de casa e mal pode acreditar no que viu...
Mas
o menino não reconheceu a própria mãe e continuou com a gatunagem, estava
apalermado, sobre o efeito de drogas.
Quando
um dos passageiros se levantou era um policial a paisana, e chamou reforço sem
que os menores percebessem, /pensou que eram espertos e ágeis, mas...
Apareceram
vários policiais e dois deles foram rendidos, mas o menino revidou dando tiros
em qualquer lugar acertando em duas pessoas, incluindo um bebê, mas a policia
acertou um dos meninos que acabou morrendo no local, e o tal menino da mania
feia também foi baleado, mas foi socorrido a tempo pelo SAMU mesmo sendo um
delinquente.
Foi hospitalizado e ficou na unidade de terapia intensiva (U.T. I)
a bala atingiu a medula óssea, e ele ficaria tetraplégico se sobrevivesse. E
sobreviveu.Não foi preso graças a uma autorização dada pelo juiz que dona Alda e Xuxa conseguiram depois de muita luta, pois nas condições que se encontrara era quase uma prisão.Ficou sem as pernas em cima de uma cadeira de
rodas e agora ele não tem mais nem aquela e nem nenhuma outra mania.
As mãos não agem, não
podem roubar, e ele só abre a boca tentando falar e só mexe os olhos.
Com o passar dos meses,
fez fisioterapia e já conseguia balbuciar e pediu perdão a Deus por tudo, e
desculpa a mãe que o perdoou com olhos cheios de lagrimas e com o coração
apertado em velo daquele jeito, mas de certo modo, aliviada em saber que já não
podia mais fazer maldade com ninguém depois da cena do ônibus, que nunca mais
poderia ser esquecida. Hem alguns meses com a ajuda da Professora Xuxa e a diretora dona Alda da ex escola que quiseram acompanha-lo na vida e nas fisioterapias o ajudou tambem quando quis escrever com os lábios com uma caneta especial adaptada que elas compraram.
Ele voltou a
estudar, mas desta vez com muito empenho e a ajuda do tele curso. E agora passa ele
passa o tempo todo na frente do computador. Com apenas quinze anos de idade
escrevendo sozinho a sua própria história.
Já
sofreu muito para aprender a corrigir o próprio erro e servir de exemplo para as crianças que estão querendo entrar no crime.E a história de Oliver, começa mais ou menos assim;
No primeiro dia de aula, a professora Xuxa fez a apresentação da turminha e tudo ocorreu como o esperado...
Mayala Morenna
(imagem do google)
(imagem do google)
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