Todos os legumes saudáveis que viu no desenho do livro, cenouras, tomates e abobrinhas. Um milharal em um terreno de cascalho do vizinho apareceu. “Gloria a Deus” gritaram todos juntos com alegria, e quando um ia levar algo que colhera para o outro, se surpreendia com o que vinha trazendo.
E cada um dividia o que tinha cada um com um pouco disso,
outro com um pouco daquilo e adultos tristes de mãos calejadas começaram a
comunicar-se, antes não tinham assunto e o patrão não deixava. Agora pode se dizer
que além de hortaliças a amizade nasceu. João agora que não era mais triste
começou a se lembrar de quando viu a luz e tudo que acontecia ao chegar à
ponte. Lembrou também que de dia ainda menino estava muito cansado sem força e
magrinho e faminto pediu a Deus forças para carregar aquele montão de lenha e a
cada lenha cortada um suspiro e uma esperança de um dia poder voltar a ser criança.
E
toda noite ainda acontece o mesmo a fada Maria vira uma luz que a eles vão
guiando... Guiando.
As pessoas das cidades vizinhas ficaram sabendo da
agricultura e vinham de longe comprar os alimentos abençoados, vistosos e suculentos
e dinheiro de papel e moedas foi aparecendo.
Ninguém trabalhou para o capitão, ninguém por ali queria
ser mais escravo não.
E o patrão lenhador, não tinha mais lenha para vender e
nenhum empregado para servir o jeito foi ir para bem longe dali e foi expulso
pelos simples olhares de alegria da população, isto o adoecia saber que não
havia mais galhos secos e que o produto
químico virou fumaça, evaporou num passe de mágica. E o vilarejo foi se
urbanizando e novas pessoas foram chegando, escolas e casas de alvenaria e
animais, frangos e galinhas, vacas e bois, ovelhas e cachorrinhos. João era um
menino maduro agradecia a Deus por tudo enquanto cortara os calos antigos das
mãos com uma tesoura, calos grandes e duros um dia foram bolhas bem doídas,
agora é passado. Sapatos e roupas novas e tudo que ele nunca imaginou pode ter.
E em uma das noites de encanto na ponte mágica uma linda menina conheceu e
o nome dela era Rosinha de noite e de
dia apenas Rosa, João lhe pediu a mão em casamento e assim uma grande festa no
povoado aconteceu era a primeira de muitas que viriam. E toda a noite do nada
uma ponte surgia...
08
Todos os adultos e velhos passavam por ela, e em crianças se
transformavam brincavam de tudo um pouco até o apito do sol nascente tocar e em
adultos de novo se transformarem.E de mãos dadas agora vão indo para casa de
par em par como na arca de Noé.
Já não existiam barracos de pau a pique cada um com sua
casinha, simples, chique ou não, mas toda família vivia feliz nela.
E a ponte mágica só aparecia nas noites quentes de lua cheia,
e todos sabiam do compromisso.
A fada se juntava as
outras fadinhas que eram como
vaga-lumes, iluminando o caminho e todos seguiam. E do lado de lá da ponte
ninguém sabia quem era pai e quem era filho na cidade dos pequeninos. João
agora já é papai e contou toda a história para os filhos e muito contente os
levava para a escola que é um direito de toda criança em qualquer lugar do mundo e é LEI não trabalhar e sim ir
para a escola. E todas as crianças desde que nasciam aprendiam a respeitar e
obedecer aos mais velhos.
Aderiram às leis e as placas educativas espalhadas pela
cidade valorizando tudo que se tem principalmente a vida cuidando para que
nunca acabe as sementes para o cultivo sempre florescer. Placas e regras para
todos os lados foram colocadas:
Não maltrate pessoas e
animais, não desperdice água limpa, não jogue lixo nas ruas e nos rios, não
desmate nossas florestas, não usem sacolas plásticas, não pise na grama.
Basta se lembrar das regras o tempo todo e cumpri-las estão a
todo o momento em nossas cabeças. Trabalhando e plantando qualquer um pode
colher, ou crescer na vida, parado, sentado e pensando a vida passa e as
pessoas envelhecem sem saber o que é o lado bom da vida.
E na cidade da Fartura que faltava tudo, inclusive; respeito, alimentação, escola e nem
sorrir sabiam, ficou mudada e a fada Maria precisou ir embora a busca de novos
escravos em outros lugares e fizeram uma grande festa de despedida. Onde não tem
água, a população vai diminuindo até tudo chegar ao fim e onde tem água, tem
verde tem tudo.
Mayala Morenna
(trata se de uma ficção com o intuito de ser transformada em livro bem ilustrado para Xuxa e seus baixinhos de todas as idades. Imagem do google)
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